Vinícola brasileira lança vinhos com selo da COP30
- Roberta Pimenta
- há 2 dias
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Desde 1998, a Lidio Carraro inaugurou o mundo “purista” dentro da viticultura brasileira, prezando por uma viticultura de mínimo impacto ambiental com uma gestão de precisão no manejo dos vinhedos e a mínima intervenção durante o processo de vinificação, muito antes das novas tendências das práticas orgânicas e biodinâmicas.
Segundo o enólogo e diretor comercial Juliano Carraro, a essência do trabalho da família está “na busca contínua por uma vitivinicultura verdadeiramente sustentável, fundamentada pelo profundo respeito à expressão natural da uva e à identidade do seu terroir de origem.”

“Nas plantas, por exemplo, nós temos como foco o equilíbrio nutricional. Isso proporciona um aumento significativo da imunidade natural e, por consequência, o purismo do terroir”, comentou.
Além disso, toda a fonte de energia elétrica que abastece as instalações da vinícola são limpas, ou seja, não dependentes de recursos ambientais, desde 2023.
O feito fez com que até agora fossem preservadas quase 26.415 árvores na fauna brasileira e inibiu a emissão de 192,10 tCO²e (toneladas de dióxido de carbono) na atmosfera.
“Nas intervenções de manejo no campo, nós priorizamos a aplicação de defensivos de natureza biológica, que são microorganismos vivos que se alimentam de fungos e esporos. Essas opções geram um custo maior se comparado às práticas convencionais, porém, nos garantem uma produção muito mais limpa, segura e sustentável à longo prazo”, pontua o diretor técnico e enólogo-chefe, Giovanni Carraro. Um dos exemplos mais corriqueiros são os trichodermas (fungos) e bacilos (bactérias), destinados à biocontrole de pragas, melhoria do solo e estímulo ao desenvolvimento radicular.
Reconhecida por protagonizar movimentos inovadores e por levar a identidade do vinho brasileiro a grandes palcos, como a Copa do Mundo FIFA 2014, os Jogos Olímpicos Rio 2016 e o South Summit, Lidio Carraro mais uma vez reafirma seu compromisso com causas de relevância global. Ao lançar vinhos com o selo oficial da COP30, a vinícola reforça sua responsabilidade corporativa e a coerência entre discurso e prática, aplicando os princípios da sustentabilidade de forma concreta em sua operação. “Porque mais importante do que despertar esta consciência, é estabelecer uma cultura prática, nas estratégias, escolhas e ações simples do dia a dia, e realizar ações, de verdade, no contexto aonde cada um está inserido”, finaliza Juliano Carraro.

Créditos: Arquivo Pessoal / Lidio Carraro
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