Guia de Consumo de Flores Comestíveis ensina a introduzir esse rico alimento na dieta

Você sabia que aproximadamente 85% das flores existentes no mundo são comestíveis? E que elas têm ganhado cada vez mais espaço na gastronomia complementando a culinária com beleza e trazendo um alto valor nutricional para a alimentação de quem as consome? Por muito tempo seu uso era mais comum em restaurantes de alta gastronomia e muitos viam o consumo com certa desconfiança, apesar do encanto que elas conferem às preparações.

Salada Broto - Broto Cozinha - Autoral.

As flores comestíveis são compostas principalmente por água e contêm vários nutrientes e qualidades energéticas e antioxidantes, o que faz delas o alimento perfeito para reforçar uma dieta saudável. Muitas variedades são ricas em substâncias antioxidantes e uma importante fonte de vitaminas e minerais como potássio, ferro e até cálcio.

Para quem quer conhecer mais sobre o assunto já pode consultar a publicação “Do Jardim para a Mesa: Flores Comestíveis - Um Guia Completo para Curiosos e Comedores de Flores”, produzida pela Ahorta Viveiro Sensorial e Afetivo. A obra é inédita e traz diversas informações como: cuidados na escolha e no consumo, diferenças entre as flores tóxicas e não tóxicas, um catálogo com as flores mais utilizadas, além de dicas para o uso culinário e receitas. O guia é gratuito e está disponível para download pelo Instagram do viveiro - @ahortaviveiro ou nesse link.

O uso culinário das flores comestíveis é bem variado e elas podem ser consumidas em saladas, massas artesanais, sorvetes caseiros, sobremesas, bebidas e infusões. Entre as flores com sugestão de consumo no guia estão: Crisântemos, Dálias, Petúnias, Rosas, Clitória, Cravinas e Cravos, entre outras.

“O guia traz um mundo de infinitas possibilidades para enriquecer ainda mais a nossa alimentação. As flores dão um toque deliciosamente delicado aos preparos gastronômicos, valorizando ainda mais o prato e atribuindo-lhes mais cor, sabor, aroma e textura. O intuito do material é divulgar e orientar o maior número de pessoas sobre o consumo seguro das flores comestíveis e como introduzi-las na dieta alimentar”, afirma Pollyanne Azevedo, responsável pelo projeto, pesquisa, curadoria de dados do guia e idealizadora da Ahorta.

Sunset, drink Oito Coqueteis - Foto Wellington Fugisse

Os cuidados na ingestão de flores também são apresentados na publicação. “Saber reconhecer e identificar essas partes comestíveis das flores é essencial para garantir a segurança alimentar no uso culinário. Muitas delas permitem o consumo de suas pétalas e inflorescências, ao mesmo tempo em que podem conter toxinas no caule ou no miolo”, explica a curadora.

Uso milenar e crescimento no consumo

Aqui no Brasil, o uso de flores comestíveis vem se popularizando, principalmente, na culinária orgânica. O hábito de comer flores não é mais uma invenção culinária ou modismo, mas uma redescoberta de antigas tradições milenares que caíram em desuso ao longo do tempo. Essa prática milenar, chamada de florifagia (hábito de comer flores) tem raízes profundas na história da humanidade e remonta aos tempos antigos, quando diferentes civilizações recorriam constantemente à natureza para retirar seu sustento.

“O consumo no Rio Grande do Norte também vem crescendo. Atualmente comercializamos para estabelecimentos gastronômicos, confeitarias e buffets em Natal. Além da Ahorta Viveiro, outros produtores como o Caminho das Índias, em Goianinha, e Natural Hortifruti, localizada na Ceasa, também oferecem uma variedade de flores comestíveis”, explica Pollyanne.

Para elaborar o material foi realizada uma pesquisa, que teve início em 2021, e contou com o cruzamento de informações baseadas em conhecimento científico, popular e empírico: teses, artigos, trabalhos acadêmicos, transcrições de lives, anotações de uso e experimentações pessoais, vídeos, revistas, livros e cartilhas, além de sites - nacionais e internacionais.