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  • Foto do escritorRoberta Pimenta

Entenda como o chocolate pode ajudar idosos com câncer

Que o chocolate é um dos doces mais adorados, todos sabem. No entanto, o que pode surpreender muitas pessoas é que, além de seus benefícios, ele também pode ajudar idosos com câncer em cuidados paliativos. Estudos realizados pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP afirmam que o consumo de chocolate, que ganhou até uma data mundialmente comemorativa, celebrada em 7 de julho, pode melhorar os sintomas, o estado nutricional e a funcionalidade de pacientes que já não têm a possibilidade de cura da doença.



De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o câncer é a segunda principal causa de morte no mundo. No Brasil, desde 2003, a doença também ocupa o posto de segunda principal causa de morte entre a população, perdendo apenas para doenças cardiovasculares. Sabe-se que a desnutrição calórica e proteica é comum entre estes pacientes, por uma série de fatores, como redução do apetite, dificuldades físicas para comer e engolir alimentos devido ao avanço da doença, efeitos colaterais do tratamento e períodos prolongados de jejum para exames antes ou após cirurgias. Idosos que vivenciam todas essas adversidades podem encontrar um conforto adicional na ingestão correta do chocolate. "Em doses adequadas, o chocolate é um alimento que pode auxiliar no estado nutricional. Ele também tem ação do ponto de vista da saúde mental, pois, muitas vezes, é um alimento com diferentes memórias afetivas e, assim, também traz benefícios psicológicos", explica Dr. Vinícius Miranda Borges, oncologista do Hospital Estadual de Franco da Rocha, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Apesar da descoberta, é importante salientar que, neste caso, não é indicado o consumo de qualquer chocolate, mas, sim, daqueles com baixa dose de gordura, açúcar e maior teor de cacau. "O consumo adequado tem uma ação benéfica devido à presença de polifenóis, que têm o potencial de atuar como antioxidantes na proteção do DNA das células. Além disso, eles possuem propriedades anti-inflamatórias, anticarcinogênicas, antiaterogênicas, antitrombóticas, antimicrobianas e analgésicas", complementa Dayse de Oliveira Moreira, supervisora de nutrição do Hospital Geral de Itapevi, também gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. A nutricionista ainda afirma que o chocolate com alto teor de cacau pode auxiliar na redução da pressão arterial e melhorar o fluxo sanguíneo para o cérebro e o coração, auxiliando na prevenção de coágulos sanguíneos e combatendo danos celulares, além de colaborar para o aumento do peso corporal, melhorando os dados antropométricos de idosos com baixo peso. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), ainda são esperados 704 mil novos casos de câncer a cada ano no Brasil, no triênio 2023-2025. Esses números alarmantes destacam a urgência de abordagens eficazes no tratamento e cuidado destes pacientes. "É importante ressaltar que o consumo não auxilia diretamente no tratamento do câncer, mas sim nos pilares psicológico e nutricional, que podem resultar em melhorias gerais. No entanto, o consumo excessivo pode ser prejudicial, especialmente se associado a outras comorbidades, como o diabetes", reforça o oncologista.


A importância de consumir o chocolate certo O consumo consciente e em quantidades certas do chocolate pode potencializar o bem-estar. Para isso, a nutricionista fornece as orientações corretas sobre os produtos que realmente podem ser amigos da saúde:

  • A preferência é por chocolates amargos, que contenham maior quantidade de cacau (entre 50% e 85%) em sua composição, sendo ideal as versões com mais de 70%;

  • Os chocolates não adoçados ou com menor quantidade de açúcar são sempre os melhores;

  • Caso haja açúcar na composição, é importante optar pelas opções que utilizem açúcar orgânico ou adoçantes naturais, como stevia;

  • É extremamente importante evitar chocolates que contenham gordura hidrogenada ou gordura vegetal em sua composição, pois ambos são responsáveis por alterações no colesterol e não são benéficos para o organismo;

  • Além disso, é recomendado evitar chocolates que contenham conservantes e corantes artificiais.

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