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  • Foto do escritorRoberta Pimenta

Confira mitos e verdades sobre saúde da pele após a realização de tatuagens e piercings

Piercings e tatuagens têm sido parte da expressão humana por milhares de anos, isso porque cada um carrega consigo histórias e significados. Segundo uma pesquisa do instituto alemão Dalia, o Brasil está entre os 10 países onde mais pessoas se tatuam. Além disso, é o território em que se mais faz buscas por tatuagem na internet, de acordo com o Google Trends.

Apesar de toda a popularidade dos dois procedimentos, há uma série de mitos e verdades que cercam esses dois temas, principalmente em relação à saúde da pele.

Pensando nisso, Bruna Morassi, dermatologista da AMA Especialidades Capão Redondo, gerenciada pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, responde algumas questões relevantes sobre o assunto. Confira abaixo:




É verdade que o uso de piercings pode realmente causar traumas na pele?

VERDADE! Os piercings podem apresentar diferentes complicações, tais como o próprio trauma, sangramento local, infecções bacterianas e, até mesmo, transmissões virais, como a hepatite, caso o material não seja adequadamente esterilizado na hora da perfuração. Além disso, podem surgir irritações na pele, tanto devido ao trauma agudo e inchaço como à alergia ao metal, principalmente a materiais como o níquel e o ouro. Portanto, é importante dar preferência pelo uso de metais como titânio ou aço inoxidável cirúrgico nos piercings, além de realizar o procedimento em um lugar seguro e confiável.


Irritações na pele são comuns somente após a perfuração?

MITO! As alergias de contato ao metal, por exemplo, podem ocorrer imediatamente caso a pessoa tenha sensibilidade ao material utilizado na joia ou podem se desenvolver ao longo de meses ou até anos. Nessas alergias, é comum que o local do piercing fique vermelho e irritado, podendo apresentar coceira e descamação.


E as tatuagens? Elas também podem ocasionar traumas na pele?

VERDADE! Tanto as tatuagens decorativas como as de maquiagem permanente podem resultar em uma resposta inflamatória aguda transitória, também induzida pelo trauma das perfurações realizadas nos procedimentos. Podem ocorrer dores, formação de bolhas, crostas e pequenos sangramentos. Em casos mais graves, o organismo ainda pode responder com pus e febre.

As reações alérgicas à tatuagem são, muitas vezes, atreladas a um tipo de pigmento inserido na arte. Elas podem manifestar-se logo no início ou até anos após, sendo crônicas e persistentes. Alguns tipos de pigmento em cor vermelha estão mais associados a alergias crônicas. 


Pessoas que já contam com doenças na pele podem fazer tatuagem normalmente?

MITO! Em relação a pacientes com doenças dermatológicas, as tatuagens geralmente são contraindicadas, especialmente nos casos de doenças alérgicas e condições como psoríase e vitiligo, as quais podem desencadear lesões e traumas. Mas, cada caso deve ser avaliado individualmente com seu dermatologista.


Existem áreas que, ao realizar algum dos dois procedimentos, podem ocasionar maiores riscos para a saúde?

VERDADE! Em relação aos piercings, as áreas com maior risco de complicações são o umbigo, seguido da orelha. No entanto, os casos de complicações mais graves e arriscadas ocorrem com piercings na língua e na região genital. Quanto às tatuagens, áreas do corpo, como as mucosas oral e genital, são consideradas locais contaminados, apresentando maior risco de complicações.


Quanto aos queloides, existe um local em que há mais riscos?

VERDADE! Os locais mais comuns para aparecimento de queloides após esses procedimentos são nas regiões da orelha, ombro e peito. Lembrando que é mais frequente em pessoas de 10 a 30 anos, porém, no geral, pode acontecer com qualquer pessoa.


É possível melhorar a cicatrização da pele após os procedimentos?

VERDADE! Além dos cuidados locais e do uso de pomadas cicatrizantes, é recomendado evitar o consumo de álcool e cigarro, além de manter uma dieta balanceada. É importante ressaltar que diagnósticos de hipertensão, obesidade, diabetes e doenças autoimunes também podem interferir no processo de cicatrização e devem ser controladas antes desses procedimentos.

Ademais, é crucial o uso de protetor solar, principalmente no caso das tatuagens. Isso porque a exposição inadequada ao sol pode não só comprometer a qualidade estética do trabalho, mas também prolongar o tempo de cicatrização e aumentar o risco de complicações.

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