A palavra aliança tem origem no latim alligare, que remete para uma relação de proximidade, de união. Fazer uma aliança com alguém é fazer um acordo, assim, o anel com nome de “aliança” é uma lembrança do pacto de amor entre os casais. Este símbolo segue carregando histórias de amor.
Cerca de 3.000 anos antes de Cristo, os anéis no Egito já simbolizavam a aliança entre duas pessoas que se amam. Um círculo que até hoje representa o amor contínuo, a fidelidade e a cumplicidade. Com o tempo, a aliança foi parar no quarto dedo da mão esquerda, porque os gregos chegaram à conclusão que ali estava uma veia que leva sangue diretamente ao coração. Na acupuntura, a posição do meridiano do coração passa pelo anelar esquerdo.
“Aqui no Ateliê as alianças são feitas juntas, desde a fundição até o acabamento, porque eu acredito que elas começam juntas para terminarem juntas e assim, consigo colocar todo o cuidado e carinho que desejo para a relação”, conta Bárbara Maciel, fundadora e artesã do Maciel Ateliê, uma das maiores joalherias artesanais do Estado de São Paulo.
Na joalheria artesanal da Barbara todas as joias são feitas sob medida, ela não trabalha com alianças a pronta entrega justamente por acreditar que elas devem representar algo único, assim como cada relacionamento.
Junto com as alianças que são encomendadas, sempre vem uma história. “É difícil falar sobre a mais marcante, pois já são milhares de histórias e cada uma me ensina algo novo. Mas acredito que a história do Saulo foi a que mais me impactou, tanto a mim quanto a outros clientes e amigos”, conta Bárbara.
O Saulo perdeu a esposa, Bruna, durante a pandemia, e ela sempre dizia que gostaria de ter uma joia elaborada pela Bárbara. Após o falecimento dela o Saulo entrou em contato para realizar esse desejo de alguma forma, então, as alianças foram derretidas e transformadas em uma última homenagem. O modelo escolhido para produção da peça foi o celestial, onde o diamante central foi retirado da joia da Bruna, e anexado ao novo anel.
O anel celestial representa tudo que não está nesse plano, possui alguns detalhes laterais para representar as estrelas e os astros.
“Outra coisa que me marca bastante é quando trazem joias dos avós, entes queridos e familiares para derreter e elaborar as alianças. Por não utilizar ouro de mineração eu sempre busco reciclar o que as pessoas tem em casa, e acho que trazer coisas de gente querida é colocar um pedacinho de cada um naquela relação. É trazer pra mais pertinho gente que te quer bem”, finaliza Bárbara.
Comments