Fernando Torquatto assina o visagismo da nova montagem do musical Hair

Responsável por assinar o visagismo da nova montagem de Hair, Fernando Torquatto mergulha no universo simbólico de um dos musicais mais icônicos da Broadway, para resgatar, através de uma linguagem atualizada, a essência rebelde e libertária dos anos 60. Com Rodrigo Simas no elenco e direção de Charles Möeller e Claudio Botelho, o espetáculo revisita o espírito do movimento hippie, que pregava paz, amor livre e a contestação política em meio à Guerra do Vietnã.

Para Torquatto, o trabalho vai muito além de criar cabelos e maquiagens: é dar vida, através da estética, à atitude provocadora e transformadora que marcou uma geração e segue inspirando novas plateias. “Hair é um espetáculo que carrega um legado potente. Fazer parte dessa nova leitura é uma oportunidade rara e extremamente inspiradora. É sempre um prazer trabalhar com uma equipe tão talentosa e comprometida. Poder assinar o visagismo de um projeto dessa magnitude, ao lado de profissionais que admiro, é um presente”, conta o visagista.

Torquatto também destaca a abertura para imprimir sua visão pessoal sobre a década que transformou o comportamento e a estética de toda uma geração. “Hair é um marco cultural e, ao mesmo tempo, um retrato de uma geração que ousou questionar padrões e provocar mudanças profundas. Meu desafio foi trazer à cena toda essa força simbólica, mas com uma linguagem visual atualizada, que conversasse com o público de hoje”, explica. “Mergulhei em referências da época, respeitando a essência do movimento, mas propondo uma releitura estética que dialoga com a liberdade, a diversidade e a potência transformadora que o espetáculo representa.”

Com uma estética que mistura nostalgia e modernidade, a assinatura de Fernando Torquatto promete não apenas resgatar o espírito livre dos anos 60, mas também provocar novos olhares sobre liberdade, identidade e expressão. Hair volta aos palcos como um manifesto visual e o visagismo é parte vital dessa revolução.

Fotos - Crédito: André Wanderley