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Foto do escritorRoberta Pimenta

AINDA ESTOU AQUI, O LIVRO AUTOBIOGRÁFICO DE MARCELO RUBENS PAIVA



Mais de quarenta anos depois do sucesso de Feliz ano velho, que relata o acidente que o deixou tetraplégico, Marcelo Rubens Paiva vê outra parte de sua história ganhar fama nacional e internacional com o filme Ainda estou aqui . Uma adaptação do livro homônimo escrito por Marcelo e publicado pela Companhia das Letras em 2015, o longa de Walter Salles já levou mais de 2 milhões de espectadores aos cinemas, batendo recorde de bilheteria no pós-pandemia. E ajudou a levar o livro à lista dos mais vendidos em não ficção no Brasil.  



A trama narra a luta dramática da família Paiva pela verdade. Ao falar de sua mãe, Eunice, e de sua última luta, desta vez contra o Alzheimer, Marcelo fala também da memória, da infância e do filho. E mergulha num momento sombrio da história recente brasileira para contar — e tentar entender — o que de fato ocorreu com Rubens Paiva, seu pai, naquele janeiro de 1971.  


Eunice Paiva é uma mulher de muitas vidas. Casada com o deputado Rubens Beyrodt Paiva, esteve ao seu lado quando foi cassado e exilado, em 1964. Mãe de cinco filhos, viu-se obrigada a criá-los sozinha quando, em janeiro de 1971, Rubens Paiva foi preso por agentes da ditadura, a seguir torturado e morto.  


Em meio à dor e às incertezas, ela se reinventou. Voltou a estudar, tornou-se advogada, defensora dos direitos indígenas. Nunca chorou na frente das câmeras. “Foi a minha mãe quem ditou o tom, ela quem nos ensinou”, escreve Marcelo Rubens Paiva neste relato emocionante sobre o passado, as perdas e a volta por cima. 


“[Eunice] nunca se deixou cair no pieguismo, não perdeu o controle diante das câmeras, nem vestiu uma camiseta com o rosto do marido desaparecido. Não culpou esse ou aquele, mas o todo. Não temeu pela vida. Lutou com as palavras.” Trecho do livro Ainda estou aqui 


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